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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: meimais.org/dinacycorrea

 

DINACY MENDONÇA CORRÊA
( Brasil – Maranhão )

Nasceu em Vitória do Mearim (Maranhão ) em 14/11/1947.
Graduada em Letras (UFMA). Professora Estadual (ainda em plena militância em 2018 SEP  DUC/ UEMA). Professora adjunta  (UEMA).  Mestrado e doutorado em Letras UFRJ. Ensaísta, pesquisadora da Literatura e Cultura Maranhense.

 


I COLETÂNEA POÉTICA DA SOCIEDADE DE CULTURA LATINA DO BRASIL construindo pontes. Dilercy Aragão Adler (Organizadora).  São Luís: Academia Ludovicense de Letras – ALI, 2018.   298 p.  ISBN 978-85-68280-12-6   No 10 353

 

https://www.grupodicas.com/melhor-epoca-para-visitar-sao-luis/

 

 

  1.  SÃO LUIS: NATURÍSSIMA TRINDADE –trioleto poético.

              IN VIDEO
    — Entre Palafitas e Azulejos


    Aqui da telejanela
    ondula em tom flutuante
    minha voz palafitada.
    Canto abraços de horizontes
    nesta manhã fulgurante...

    No vídeo, vede a novela:

    Enfeitado de lacinhos
    cabelos do Mar – sorrindo
    ao Sol/namorado: LINDO!!

    ...
    Idílios de Mar e Sol,
    cantigas de Sol e Mar...
    No coral da Natureza 
    minha Ilha tem Belezas
    vozes d´Agua a marulhar
    em conluios sobre a areia
    onde as ondas vão quebrar.

    (Ah! Minha doce Ilha
    canto e Poesia
    Céu e Mar e Sol
    Sol e Mar e Luar
    Ilha a Beira-Mar)

    Aqui na telejanela
    flutua deste mirante
    minha voz azulejada.
    Canto abraços constelados
    nesta noite de brilhantes...

    No vídeo, vede a novela:

    Da noite luar e estrelas
    o colo em colar enfeitam
    e o mar em noturno seio
    fulge em imagens liquefeitas!

    Idílios de Noite/Mar
    sonata em coro estelar
    no coral da Natureza
    um vídeo que plangeia
    vozes d´amor ao luar
    A glorius night and days
    Mar e Céu a orquestrar

    (Ah! minha doce Ilha
    Onda e maresia
    Noite Mar e Céu
    Céu Mar e Luar
    Ilha à Beira-Mar)


    2. IN AUDIO
    - Vozes da Cidade

    Maranheia! Maranheia!
    Maranheia! Maranheia!

    O mundo vibra lá fora
    e a noite já abriu suas flores
    o tempo rebente em luzes
    a Cidade ergue suas vozes...
    No Ribeirão a Fonte é jorro
    de música em sinfonia
    enquanto Zezé flauteia
    nas pedras da cantaria...

    E o coração sertanejo
    transplanta-se no azulejo
    no vozear de Josias...

    Ubiratã divaneia
    e Alcântara se alteia
    no “Beco da Escadaria”...
    Chico Maranhão pastoreia
    e o toc/toc incendeia
    o Coração desta Ilha...

    Mãe de ostras
    e siris
    camarões
    e sururus
    e caranguejos
    de mangue
    palmeiras e juçareiras
    praia, mar, Ponta d´areia...
    Mara, Maranhei... eia!
    Maranheia! Maranheia!
    Maranheia! Maranheia!

    E a Naturíssima Trindade
    destilada em Poesia
    canta em voz de palafitas e azulejos
    faz apelo:

    ÔÔÔôôô... “Rabo de Vaca!
    Eia! “Levanta a Poeira“!!
    Vamos, “Pega pra Capar”!!
    QUE É HORA DE GRITAR:

    ESTA ILHA É NOSSA
    ESTE CÉU É NOSSO
    E É NOSSO ESTE MAR.
    Eia! MARANHEI... AH!

    MARANHEIA! MARANHEIA!
    MARANHEIA! MARANHEI... EI.. .AH !


    3  IN SITIO
    - Carnaválvula do povo -

    É Carnaval...
    Carna(vál)vula de escape
    do sufoco, opressão e desespero...

    Sai, meu povo!
    o frenesi te chama
    à explosão dos anseios
    e desejos reprimidos
    em trezentos e sessenta e cinco dias/noites
    mal vivi/dormi(dos)...
    Sai! Rasga o manto da agonia
    traveste a melancolia
    em máscaras e fantasias
    MA-RA-VI-ILHA!

    Vai cantando, vai gritando
    vai sambando e transmutando
    tua dor em ALEGRIA
    na alquimia da folia
    entre aljôfares de euforia
    da cabeça em maresia...
    Abre o peitão e ergue tua voz
    deixa escorrer o teu rio
    suor/sangue dos teus sonhos
    consumidos
    entre bolhas de ilusões
    perdidas...

    Cai no ritmo, no delírio
    no gingado dos teus passos
    ritmados, tresloucados...

    Vai cantando, vai dançando, te alegrando
    que a Escola vai passando
    e agitando... Eletrizando
    os átomos desta Cidade...

    Fecundada
    com o sêmen da Liberdade
    injetado
    no veio da Poesia
    injetado
    no veio da Poesia
    disseminado
    no Coração desta Ilha...

    Irradiado na Avenida
    no batuque que anuncia
    Nova Luz...
    Muita Alegria
    à Terra de Gonçalves Dias!!
    CAR-NA-VAL...
    VIVA A FOLIA!!
  2.  

 

https://maranhaodeverdade.com.br


 

ENCANTO GONÇALVINO

(DMCorrêa – mil poemas para G. Dias )

 

Meu poeta das palmeiras  
Mavioso sabiá
Quisera em teus gorjeios
Meu estrão cadenciar...

Na unção de teu carisma
Na tua verve e magia
Em quatrocentos acordes
A minha lira vibrar...

Pra São Luís exaltar!

Oh! minha musa cidade
Nem consigo imaginar
Consumindo-me em saudades
Quando distante de ti...

Como o nosso Gonçalves Dias
Na sua Canção do Exílio
Quero voltar para ti!

Como esquecer doce Ilha
Teu contorno litorâneo
Teu perfil beiramarinho
Ipês multicoloridos
Toucando a clara manhã...

E a proscrita chanana
Alegre, viva, rasteira
a florir, mesmo entre pedras,
Sorrindo em verde-amarelo
Num constante renascer...

A nutritiva Juçara...

O concerto dos teus pássaros
Na alvorada do teu dia
Que se ergue de mansinho
Desenhando em teu céu límpido
Cores mil... Teu mar azul...

Como anoitecer, doce Ilha,
Sem teu bordado de estrelas
Teu luar emoldurado
Na sacada, na janela...
Refletido em azulejos
Nos soberbos casarões

Teus coloniais telhados
Com seus beirais em jardim...

Quero poder sempre estar
Pisando em tuas calçadas
Ladeiras e escadarias
Tuas pedras de cantaria
Ruas estreitas e becos...

E sempre a te acompanhar
Em tuas tardes macias
Noites de idílio e magia
Com junino constelado
Em “hora de guarnicê”...

E sempre a me alegrar
Por teu folclore bonito
Tua Capoeira de Angola
Tambor de São Benedito
Tuas caixas do Divino...

No balé de tuas danças
Portuguesas e francesas
Indígenas e Africanas...

Caroço, Coco, Mangaba
Bambuê, Cacuriá
Tambor de São Benedito
Le-le-lê e São Gonçalo
Bumba-boi, Samba-lelê
E outras e tantas mais...

Te amo, cidade-vida
Por meu pão, por minha estrada
Meus afetos, nosso história
Nossas glórias do passado
Esperanças do porvir...

NOSSA RAZÃO DE EXISTIR!


*
VEJA e LEIA outros poetas do MARANHÃO em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/maranhao/maranhao.html

Página publicada em março de 2025.

 

 

 
 
 
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